domingo, 28 de setembro de 2008

Fim da linha ;)

Retiro o que eu disse.
Pegue seus mapas e rasgue, ou dê-lhes bom proveito.
Não venha pra cima de mim dizendo que as pessoas mudam
Elas mudam sim, mas são sempre a mesma, no cerne...
Pelo menos eu sou...
Você sabia desde o principio os meus defeitos
Nunca tentei parecer perfeito, nunca omiti minha opinião
Agora se ela não te agrada,
Uma coisa que não me agrada não me faz apedrejar ninguém
E se você pensa que pode fazer isso, é ai que peca.
Continue carregando o mundo nas costas, vamos ver por quanto tempo ainda resiste...
Espero que pela vida toda, afinal, o mundo precisa de heróis.
O Mundo sim, eu não.
Então pode ir tirando essa faca do meu pescoço, porque eu não pior que você.
Você não pode aparecer de vez em quando e exigir o melhor de mim
Foi você quem fez questão de arrebentar com nosso nexo
E, pelo amor de Deus, não venha me dizer que não me conhece…
Você não conhece mesmo...porque preferiu assim
Eu te dei todas as chances
Mas os heróis não enxergam pessoas comuns
E as pessoas comuns vêem demais em heróis...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Quando me dei por conta...

Respirar é uma coisa tão fácil, ao menos é o que era pra ser. Tudo que eu queira agora, contudo, era um tempo pra poder fazer isso. Eu já não me surpreendo com frases do tipo: “Mas você é tão jovem”. Afinal, é a mais pura verdade.
O fato era que eu achava isso bom. Eu me sentia tão dono da verdade que estava cego demais pra perceber que estava pulando fases da minha vida, pra chegar a uma meta distante, na qual eu nem sabia se ia ser feliz.
Entre independência e dignidade, eu escolhi a celeridade. Estou na frente nessa corridinha imbecil, sim, mas qual é a importância disso? Acabei por ser o mais dependente e o menos digno.
Talvez, daqui a quatro ou cinco anos, minha escolha tenha valido pena. Mas eu só vou saber quando chegar lá. Além disso, tudo na vida tem sempre dois lados.
“Mas você é tão jovem”.
Sim, eu sou. E só queria errar de vez em quando, sem ter que me sentir tão responsável, sem ter que saber que esperavam mais de mim, sem ter que saber que eu mesmo esperava um pouco mais.
Tudo aquilo que hoje acho importante, por incrível que pareça, não diz respeito às pessoas que realmente o são. Há quanto tempo eu não sento numa rodinha de tereré? Há quanto tempo não passo intermináveis quatro horas num ócio que se acabam num segundo? Há quanto tempo não rio sem preocupação?
Eu rio constantemente. Mas não é a mesma coisa de tempos atrás, em que eu ria num nível mais alto te veracidade, e o que me motivava a isso não era socialmente relevante.
Eu não tinha que opinar quando não quisesse, nem me abster quando as palavras queriam explodir na minha língua.
Talvez você leia isso e ache um mero desabafo adolescente. Pra mim não faz diferença, afinal, “eu ainda sou tão jovem”. Mas mesmo assim, nessa minha grandiosa juventude, todo me soa como palavras de um idoso.