terça-feira, 29 de novembro de 2011

Luto em ricochete




A notícia da morte, por si só, não doeu.

Foi dita brevemente, an passant, como uma informação trivial.

Uma informação trivial que imediatamente me transportou para os lados mais remotos da minha memória, para um dia qualquer da minha infância, num dia de sol, numa cidadezinha que nem me lembro qual é. Só lembro deter estado lá, e de um sorriso de um velho. Só isso.

Não lembro do rosto dele. Mas lembro que o nome dele, há muito tempo, soava como diversão, como férias, e como tantas outras coisas boas, de moleque. E agora isso está morto.

Agora, além de passado, é irreversível.

Mas a notícia não feriu. Ela mais que atordoou, me fazendo pensar em sem sentido. Coisas como saber de onde eu vim, que o sangue que parou naquelas veias é o mesmo do meu, e que talvez, quando eu for velho, aquele seja o formato do meu sorriso.

Mas que homem permanece de pé ao ver sua fortaleza ruir? Isso sim doeu.

Estou de luto pelos vivos, não pelos mortos.

Aos vivos ficam os abraços e as palavras quentes.

Aos mortos ficam o respeito e as lembranças, que hei de manter quentes, também.

Ao morto fica a promessa de fazer seu sangue orgulhoso.

Descanse em paz.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

After-battles Thoughts




I am a warrior. Bet it.
It doesn't matter how big or how many fights you have won. I am a warrior.
I have a long sword, and time is teaching me who disembowel with it.
I am losing fear of killing.

I am a fighter.Trust it.
Battles have drag some people away, and I'm slowly inuring it
Wounds kill. If they don't, you will be healed.
I got that. I stand up. I move on.

I walk through high lands. I touch the sky.
I see heads from above, beyond emotions and feelings.
I get hurt, I get harder and farer.
You won't see weak swordmen of gone days.

I myself can't see them.
Each step on is a new me. I learn to don't look back.
Behind is woe, regret, victories and defeats.
God knows what is for comming.

So, I better sharpen my blade.
It shall be more and more useful till the golden days
Head up, fell the wind, and carpe diem.
Because I am a warrior, and battles come and battles go.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Mundinho Pequeno



Eu e meu mundo de meia dúzia de outros habitantes.

O primeiro foi anônimo. Mal teve tempo de respirar. Eu não queria ele no meu mundo. Foi banido, pra eu nunca saber se fiz certo ou errado em expulsá-lo.

O segundo foi a traição. Esse ainda insiste em se disfarçar de amor, sem saber que eu sei mais do que aparento. Ainda habita, por aí, nas beiradas, esperando a hora certa de ter o rosto revelado.

O terceiro foi o amigo. E dos melhores. Foi eleito co-governador desse meu mundinho, dada a eficiência em conselhos, apesar de ser ele próprio incapaz de os seguir. Habita nuca casa bonita, por aqui.

O quarto foi a loucura. Só mostrou o rosto quando eu não estava são o suficiente pra saber se era um rosto bonito ou não, e tão logo surgiu, sumiu. Mostrou sua casa, numa noite que eu queria esquecer, mas não sei onde habita, em meu mundo.

O quinto foi o anjo. Foi uma luz divina que desceu, me retirou das trevas, e voltou para o céu. Voltou chorando, ouço dizer, mas ele habitava longe demais para permanecer no meu mundo.

O sexto foi a ilusão. Foi uma palpitação iludida, daquelas que se sente no começar a gostar de gostar de alguém. Parecia perfeito, mas era ilusão. E ilusões não me pertencem. Nem ilusões, nem pessoas. Esse habita no portão, pra poder sair. E voltar, se pretender.

Meu mundo precisa de mais gente. Precisa de alguém que eu possa dizer "esse foi o amor", e então, me corrigindo, retificar: "esse é o amor", e eu não vou falar dele, pois esse texto jamais o definirá, na essência.

Só não sei quem há de ser, num mundo de meia dúzia de pessoas.