domingo, 9 de junho de 2013

Um ano.



Não posso olhar pra você. Eu estou confuso.
Eu me sinto como um passado incômodo, que você não deveria ter despertado.
Não sei o que está havendo comigo, pensei que já havia enterrado aquilo tudo.
Mas não. Parece que está tudo aqui, novamente.

Eu queria que você me perguntasse o que há de errado.
Pra que eu pudesse desatar esse nó na minha garganta
Eu te diria que eu fico imaginando
Como as coisas teriam sido de tivéssemos lutado um pouco mais

E como eu queria ter lutado mais, agora que já fui vencido.
Ele deve ser tão sortudo, tão melhor que eu.
E ele está do seu lado, você pode sentir o seu calor
Contra isso eu jamais poderia competir

Eu queria poder dizer que, se a gente ainda tivesse alguma chance
Eu aceitaria aquela proposta de que fiz desdém
Só por você, só pra tudo voltar a ser como antes
Mesmo sabendo que você recusaria, e que nada será como antes.

Eu tenho plena consciência da realidade
Mas ela agora me machuca tanto, que eu prefiro fantasiar
Como sinto falta daquele ano, e de como tudo parecia mais brilhante
Mas você ama e desama muito rápido.

E eu insisto a me apegar em um passado
porque eu olho pra frente, e não vejo nada que poderia ser melhor
E então me dou conta que estou suspenso no tempo
Meu coração ficou pra trás. Não há mais nada que pulse em mim agora.

sábado, 8 de junho de 2013

Dia negro.

Há certos presentes que a gente não escolhe ganhar.
Eu, por exemplo, não queria ganhar essa passagem inevitável do tempo
Isso me faz pensar no passado, e de tudo que foi deixado para trás.

Não é uma questão de se arrepender ou não
Não cabe se arrepender do que é imutável.
Certas coisas são deixadas pra trás, e ponto final.

Há certas feridas que a gente nunca deve remexer.
Eu sei que a gente já superou a nossa, mas fui pego de surpresa
às vezes a constatação de que somos nada além de passado me assusta

Somos nada além de passado. Somos nada além de vítimas do destino
Estou feliz por você, juro. Mas estou triste por nós.
Porque lá no fundo, eu sempre tive esperança de que um dia o universo enfim conspirasse a nosso favor.

Ledo engano. Há certos futuros que são inviáveis.
Começo a pensar que há mais futuros inviáveis do que alternativas
Eu só queria que tudo tivesse sido diferente. Tudo.
Que nossa história não estivesse sido escrita do avesso

Mas não importa. Há certas dores que ninguém ameniza
Nem um novo amor, nem um bom amigo, nem bebida, nem o tempo
Há certas dores que devem nos acompanhar no túmulo.

Eu deveria ter jogado meu coração naquelas águas
daquele rio, e largado ele por lá, afundando
E nunca esperar que, um dia, ele flutuasse num longínquo oceano.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Have you ever?



Have you ever felt like you're nothing but a missing puzzle piece
and there's no belonging and there is not a fucking thing that you can reach?
Baby you make me feel right like this
as a curse for something that I never did
Maybe I'm doomed

Have you ever seen eyes shinning like the biggest star in a moonless night
that turns you wonderwork and makes you feel so lucky for meeting them?
baby you make me feel right like this
as treasure for something that is not with me
Maybe I'm doomed

Maybe, baby, it’s not sad enough to say you I’m dying
Maybe I will really need to die
Before you look at me again
Before you talk to me again
you’ll need to have my blood in your clothes
Yes, it worth
Yes, it worth

Have you ever felt like you’re addicted to a behavior You’ve been hating until now
And like you just cant avoid seeing demons with eyes closed and imagining they’re pretty in light?
Baby you make me feel insecure
As If I never lost anything before
Maybe I'm doomed

Have you ever felt like you’ve been spending your life cuz your heart is nothing but ruins
And you will never fix cuz you give it before to someone who treats it just like trash?
Baby, hearts are not used cups
You just have one of them so you better take care
Maybe you are doomed

Maybe, baby, the truth is about you having no heart
Or about you don’t know how to use
Or about you just don’t give a fuck
Or about It’s me who have to learn
That you don’t deserve anything


Does it worth?

Loucura

Não é que eu goste de você, é que eu não gosto de perder.
Não gosto de perceber que fui atrás e não consegui o que eu queria.
Por dois motivos: me sinto ridículo por ter feito isso e o odeio ser tratado com  indiferença.
Não é que eu goste de você, é que eu queria que gostasse de mim, por capricho.

Mas não importa. Eu já planejei a despedida perfeita.
Quando você, enfim, sentir minha falta, eu vou dizer que sempre estive ali.
Que só eu sei meu próprio valor. E só você sabe quantos corações ainda pode descartar.
E que não temos mais motivos para termos aquela conversa.

O que é uma verdade. Se fosse hoje, eu estaria, ainda, de braços abertos.
Se eu não estiver mais de braços abertos, é porque nenhuma conversa mudaria minha opinião.
Já seríamos esses estranhos que estamos nos tornando.
Não importa o que teria te levado a me procurar mais uma vez.

Eu perdoo. Mas só uma vez.
Quem erra sabendo que está errando é porque não se importa com as consequências.
Ou com quem vai se ferir com elas.
E nós já havíamos gastado o nosso erro permitido.

Eu já assisti esse filme, mais de uma vez.
E eu não gosto do final. Por isso estou abreviando. Por isso estou acelerando
Vamos pular logo esse fim, pra mim já deu.
Você não parece querer segurar na minha mão e inventar um fim alternativo. Um fim onde não haja fim.

Mas é claro, não estou dentro de sua mente.
Não sei se seguiria meu roteiro.
Por isso, metade do que eu disse é irrelevante.
E a outra metade eu faço força pra acreditar que é verdade.


segunda-feira, 6 de maio de 2013

Outono




A duras penas a gente aprende que não se controla as coisas.
Não controlamos nem nosso próprio destino, quiçá o alheio.
Mas saiba que, se eu pudesse controlar, eu ia dar um jeito de os nossos convergirem
E faria que cada nova manhã fosse mais e mais bonita pra você.

Às vezes me pego sorrindo, idiotamente, lembrando de você
E de como eu me senti leve do seu lado
E de como eu pensava que a gente junto era estranhamente perfeito
Mas infelizmente, não controlamos o que há por vir.

Por isso, vou ficar em silêncio. Só quero ter lembranças boas de nós dois.
É melhor eu estancar minha veia curiosa, investigativa, e não querer saber porquês.
Já que se nada controlamos, saber ou não saber não muda o fim no fim das contas.
E essa minha necessidade de explicações lhe parecerá só um mimo.

Você saberia onde me encontrar, se quisesse o fazer
Se não o faz, não o quer. Eu não preciso te induzir a vir a mim.
Pode ser que minha lógica não seja lá a mais real, a mais correta
mas é o escudo que, por experiência, eu hei por bem de carregar comigo.

Não que eu goste, mas entre as dores, a menor.
E também não é um adeus, é só um: vou estar no mesmo lugar, vem me ver.
Se eu te faço alguma diferença, se você lembra de mim
Se eu não sou tão bobo como eu me sinto em insistir em sentir

Só não demore, porque eu não controlo nosso destino
O que é silêncio hoje, amanhã é mágoa, e depois é adeus
Ou é dor a cada dia reprimida, ou arrependimento destes versos
O certo é a inconstância, e que amanhã não serei a mesma alma

terça-feira, 2 de abril de 2013

Desistindo




É como se o tempo tivesse parado, ou passado a seguir muito lentamente
Ou então que tudo tenha ficado meio fluido, como se o ar fosse água e estivéssemos todos submersos
Mas não, o muito continua girando na mesma velocidade
Quem reduziu a velocidade fui eu.
Não que eu tenha escolhido, porque a correria mantinha minha cabeça ocupada
Foi você quem me freou, e agora eu não consigo mais correr
Compensa mais ficar aqui, parado, apático
Vai dar muito trabalho continuar correndo atrás dos meus sonhos
pra no fim não fazer diferença nenhuma
Não haverá você lá pra sorrir pra mim
Bem esse sorriso que me parou
Por favor, não sorria mais, só suma
Só me deixa do jeito que eu estava antes de te conhecer, não quero mais nada
Eu estava tão bem sem você
Mas estava tão melhor com você
Ruim é só agora, que não tenho mais
Nem você e nem ânimo pra sair daqui
E as poucas forças que me restam eu gasto procurando qualquer coisa pra te esquecer
sempre em vão.
Por que diabos você tinha que ter surgido na minha vida?
Pelo menos ficasse, já que surgiu
Ou pelo menos tivesse a educação de deixar a casa em ordem depois de usá-la
Só deixou a bagunça, que me lembra sua presença
e eu, sentado, no meio, sem coragem de arrumar
Sem coragem e com todo o tempo do mundo
Porque o mundo ainda gira, mas meu coração não bate mais.

terça-feira, 19 de março de 2013

Afundando.



As vítimas fatais são aquelas que demoram a perceber.
Quando dei por mim, já estava a meio caminho da morte.
Você aí, assistindo, de braços cruzados.
E eu aqui, afundando cada vez mais

Acho que estive destraído demais à procura do oásis
Pois nunca tinha pensado que me era dado estar tão bem assim
Você aí, fazendo caminhos sinuosos
E eu aqui, numa linha direta pro inferno.

Não vou me mover, não vou respirar
Quando mais se move, mais se afunda
E eu sou orgulhoso demais pra pedir ajuda
Pode ficar aí e me assistir afundar

Quem sabe se for demorado, terei tempo de repensar meus erros
E principalmente descredibilizar meus acertos
Pra parecer bem pobre, pra combinar com a lama
Pro espetáculo lhe parecer mais trágico

Porque a verdade é essa: é um espetáculo
E estamos no ato final, na morte do mocinho
Ele afunda, e você assiste.
Sem expressão, até que ela esteja completamente submerso

E lá embaixo há outro mundo
meio cinza, meio morto.
e você parece quase uma divindade de lá
que como tantas outras, não estende a mão

Que deve ter visto tanta gente afundando já
e talvez até ache graça, ou nem se importe
suas vítimas fatais são aquelas que demoram a perceber.
E quando dei por mim, já não ocupava lugar algum.

domingo, 17 de março de 2013

Fim de conversa.


Eu poderia sentar aqui, olhar nos seus olhos, e dizer algumas verdades.
Eu poderia dizer que há coisas que eu adoro em você, mas que também há coisas que odeio.
Eu poderia dizer que o mínimo que você deveria ter feito era ser leal, porque é o mínimo que se espera de qualquer um que tenha caráter.
E que, apesar de tudo, e ao contrário de você, eu não descarto pessoas, então você vai continuar aí.
Mas não.
Eu poderia dizer que se, de fato, você tivesse uma mentalidade adulta, teria dado um jeito, não uma desculpa.
E poderia dizer que não sei ao certo se o mais idiota fui eu, que acreditei em você, ou você, que me fez acreditar, só por fazer.
Eu poderia dizer que senti falta de você nas noites, e que tive vontade de te ver naqueles rostos.
Mas não.
Eu poderia dizer que suas desculpas não colaram, porque não sou uma criança que se engana assim tão fácil
E que agora não importa mais, pois não me interessa o que é verdade e o que é conversa.  É tudo resto.
E poderia repetir que não te entendo, e acrescentar que é também um pouco louco.
Mas não.
Eu poderia dizer que, de repente, as músicas que são só letra começam a fazer sentido.
Aquelas mesmas que eu venho odiando a vida toda
E que é uma pena não podermos cantar juntos
Mas não.
Eu poderia dizer que nunca mais vou te procurar, e me arrepender dois segundos depois
Eu poderia, de novo, dizer que me sinto patético em ter depositado confiança em você
E poderia exigir novas e mais robustas explicações.
Mas não.
E poderia dizer que, ao final dessa conversa, você estaria livre, porque é a nossa última.
E que eu volto à cidade em dois meses, quando então talvez sejamos diferentes.
E que, sem expectativas, mas coisas talvez fluam, apesar de isso já ser uma expectativa.
Mas não.
Prefiro permanecer em pé, e em silêncio. E dar as costas, e não adeus.
Vamos nos responder com silêncio.
Pois o silêncio dignifica o verdadeiro e a consciência tranquila
Mas ao mesmo tempo corrói o falso e o deixa louco.
Então, que melhor resposta nos resta um ao outro que o silêncio?
Tão cruel, tão austero, e tão amigo do tempo.


terça-feira, 12 de março de 2013

O General e o Rebelde



Odeio quando meus peões resolvem pensar
e não se movem do jeito que previ inicialmente
Ah, se eles apenas obedecessem
Se se movessem exatamente na direção que indiquei.

Eu sou tão bom em estratégias
às vezes até eu me assusto com minha capacidade de prever os acontecimentos
E fazer com que ajam para que eles aconteçam a meu favor
Dando um passo de cada vez.

Mas por que nada disso funciona com você?
Com você eu me atropelo, perco a pose
Com você, meus peões incitam um motim
Posso ver o caos que você cria às portas da minha fortaleza

Eu poderia por um exército no seu encalço
te derrubar disfarçadamente e depois oferecer uma mão amiga
Mas eu não consigo jogar sujo com você
E tenho medo de você rebelar o meu exército também.

De algum jeito você tem o panorama dos meus planos
me faz de bobo o tempo todo, sempre com um passo à frente
E põe em cheque minha capacidade de comando
vira do avesso a minha razão, me treme as bases

Talvez eu não seja tão esperto assim
apenas não tinha encontrado alguém tão desafiador
Ou talvez, de fato, eu seja esperto
Mas não será com razão que eu ganharei essa batalha.

Carta dramática


Não era pra estar doendo tanto, afinal, não tivemos nada, e foi tudo muito rápido
e eu já deveria ter aprendido a me blindar
Mas nos raros momentos de lucidez que eu ainda tenho
Eu tendo a pensar que o que dói não é a "perda" em si, mas sim o desconhecimento

O que dói é não saber porque você virou nada mais que uma fumaça branca e dispersa
Porque, se eu soubesse, teria como consertar eventual erro cometido
E talvez, se eu soubesse, e suas razões me convencessem, eu não estaria com essa dor no peito

Mas eu não sei. E, raios, como eu estou me esforçando.
Eu reviro cada palavra que te disse, cada vírgula que pudesse ter sido mal interpretada
E não acho nada. Será que, no fim das contas, eu fiz mesmo alguma coisa?
Não é justo comigo. Nunca te quis mal, pra, de repente, não passar de um incômodo pra você.

Será que é muito me dar só uma explicação?
Não estou exigindo você pra mim, apesar de, confesso, desejar isso intimamente
Só quero entender e, se estiver errado, te deixar em paz.
Coloque-se em meu lugar por um momento.
Coloque-se no lugar de um cara que, sabe-se lá porque, em tão pouco tempo, como nunca antes (nunca mesmo, pra ser honesto comigo mesmo) , viu alguma coisa bonita  em outra pessoa, que nem ele sabe explicar, e quis, desde então, fazer parte da vida dessa pessoa. Sem explicação lógica, e sem mero interesse apenas em um corpo quente.
Arrisco a dizer que essa coisa bonita nem foi vista com os olhos, mas talvez com um sexto sentido, porque é totalmente diferente de outras vezes.
Coloque-se no lugar de um cara que sentiu o gostinho do paraíso por um dia, e no outro foi trancado numa prisão silenciosa, sem nem saber a razão.

É assim que me sinto: numa prisão de silêncio.
Eu posso dirigir palavras pra você, sim, mas parece que a cada vez que o faço, você fica um passo mais distante. E isso machuca.
E me manter em silêncio, definitivamente, não é uma opção confortável.
E é por isso que estou, assim, escancarando o que penso pra você.
Não tenho nada a perder mesmo. Ou eu ganho a explicação que tanto quero ou você apenas continua sendo indiferente, o que já é o quadro atual.

Considere, com carinho. Com o mesmo carinho que você depositava quando antes falava comigo.
Assim eu sinto o gosto bom mais uma vez, nem que seja pra saber que é a última.
E se for a última, vai doer, mas vai ser menos cruel.
E você nunca mais vai precisar se deparar com meus lamentos.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Your dirty game


You had enough
you had enough of my attemption
you had enough of my behavior exceptions
You had enough of me on my knees

You need a little bit more
You need a little of my silence
you need my face without a smile
and maybe some angry on my eyes

I told you I wasn't nothing special
So why did I act like you were?
You got those hot body and sweet words
It's fine, but baby, so do I

you'll have a little bit more of that lord that excites you
No smile, no words and careless
The good boy is there inside
But he's tired of being your toy

You had enough of my soul
And my mistake was showing it so easily
You better not to think that you have me at hand
even though you had it all to get me once

I'm not that fragile, honey
So don't keep you head held high
Like you're better than me
I can lead out from that sky deep into a hell

instead having you in my arms
that is ecxatly what I've been offering to you
You could just say yes or no, but you played with me
Now you had enough of me, and I'm gonna start my turn


Brinquedo


Você não deveria ter me mostrado seu sorriso
Agora eu simplesmente não controlo meus impulsos
Como se o segundo plano da minha mente sempre estivesse ocupado com você
E eu estava gostando tanto

Acho que fui sua presa
Porque eu me entreguei tão facilmente, como eu jamais imaginei que faria alguma vez
tudo em troca desse sorriso
Mas acho que vou sair de mãos vazias

Você já teve diversão suficiente?
Já enjoou da nossa brincadeira?
Eu acho uma pena, porque tudo que eu fazia à noite
era rezar pra não ter sido apenas uma brincadeira

Só me deixa tentar te levar pro céu
Eu nunca estive tão disposto a fazer isso por alguém
E se eu não fizer, parece que me falta algo
Só não diz que já perdeu a graça

Se bem que eu não sei onde estava com a cabeça
Você deve ter tantos caras se jogando em seus pés
que talvez o meu maior erro
for ter acreditado que eu tinha alguma chance

Logo eu, que rio da inocência alheia
Agora estou aqui, desesperado
Suplicando por mais um suspiro, mais um sorriso
Antes de voltar pra apatia que é minha vida sem você

Saudades de um futuro que não existiu




Sabe quando você se sente o mais idiota entre os idiotas? Então.
Se tem uma coisa que afasta qualquer interesse meu em alguém, essa coisa é submissão.
Odeio que dependam de mim. Odeio que contem comigo. Odeio o desespero que sentem ao ver que não estou interessado.
Ai, quando dou por mim, estou agindo exatamente assim com você.
Mas também, que culpa eu tenho de você ser tão - não sei bem a palavra - empolgante
Com você, toda a minha capacidade de abstração veio à tona
Acho que eu já estava em um universo paralelo
onde seus amigos já eram meus amigos
sua rotina já era minha rotina
e você já me pertencia. E gostava.
O que te custava tornar tudo isso realidade?
Eu já havia feito milhares de promessas em minha cabeça, e todas elas envolviam te fazer feliz.
Não sei porque, mas você tem o dom de despertar algo de bom em mim.
Algo que me torna amável, carinhoso, protetor e imbecil.
E acredite, não é todo mundo que faz isso.

Não que qualquer coisa que eu diga seja importante.
Na verdade, agora tanto faz. Talvez eu só faça isso por amor à escrita.
Mas acho mesmo é que eu sinto falta de você, mesmo que você nunca tenha realmente estado comigo.
Meu melhor remédio é começar a esquecer o celular em casa. Só assim eu controlo o vício de olhar você, sondar você, querer você.
E, por tudo isso, sou o mais idiota entre os idiotas.
Porque tudo parece significar que eu abri meu coração pra você, sem perceber, e isso não teve valor nenhum.
Só não sei se eu sou mais idiota por ter destruído minhas muralhas assim tão fácil
ou por ter ido com muita sede ao pode, e te assustado.

Acho que vou morrer sem saber, porque, sinceramente, eu não entendo.
Num segundo você era só amores, no outro, só indiferença.
Só queria entender e, se a culpa fosse minha, consertar.
Não que eu ache que algum dia terei a chance.
Não há nada que nos prenda
Não neste universo, mas só no que eu criei
E talvez, lá, as coisas voltem a ser como eram
E eu esteja me sentindo feliz
E eu nunca tenha escrito um texto bobo desses
Ou então tenha escrito um mais bobo, e mais apaixonado, mas feliz
Porque nada disso me resta neste universo.

Só me resta uma vontade insana de me despir de orgulho próprio e mendigar sua atenção
Mas não, isso não. Não de novo.
Vou sofrer aqui de mãos abanando, à moda dos trovadores, mas não gasto mais uma gota do que há de melhor em mim em vão.
É simples. Só tenho que me acorrentar a qualquer coisa mais pesada do que eu.
Isso vai controlar meu corpo.
Um dia eu descubro como controlar minha mente
e sua maldita mania de criar mil universos com você ao centro.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Ying Yang


Baby I use to look so independent
It's me and the sun upon our heads
and a bight place for sunglasses

And I use to look enough for myself
Like I don't care what you feel
I must say It's a half true

But it's when the nights come erlier
and the days rise up so gray
that I miss you next to me

It's when it falls so cold
that I miss your hot chest
I won't say it much loud
But I miss you half of time

Forget my words if the sky is clear
everything I need is a little bit of speed
there's no place for feellings in the wind

What did you though I was?
I can have your warm with some alcohol
And a dancy underground music

But sometimes when the beat stops
It’s strange don’t having your shoulders to hang in
And I notice that noise and drinks are not enough

It’s when it rains and the world looks serious
That I miss you wet with me
I won't say it much loud
But I miss you half of time

I got a bad deal with our unfinished past
Guess I’ll never decide if It’s a good idea to end it
Cuz Honey, I can’t decide if I love you
Or if my freedom is a better busyness

But half time I do love you, and miss you
And the other part I’m spending my time getting crazy
There are two souls inside this body
I’ll tell you when one of them die


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Um segundo



Me sinto nu.
Não de roupas, de experiências.
Não de marcas, mas de carapaça.
Não de trapos, mas de calor.
Anos juntando cacos, uma a cada dia, pra parecer alguém mais forte
E, em um segundo, em uma frase, aquele antigo eu está de volta.
Como é ruim lembrar dessa cicatriz que eu tenho no peito
e perceber que ela está num lugar tão vulnerável.
Não sinto falta de você, sério.
Sinto falta do que você foi pra mim um dia.
Algo que de vez em quanto eu encontro em outras almas
Em lampejos, que muito vão e pouco vêm.
Como se eu olhasse de relance e te visse em meio a tantos
mas que, ao piscar, tudo não passasse de uma multidão de indigentes
Uma multidão de descontentes
Porque eu não consigo ser bonzinho nunca mais
Agora gosto menos de doces, e mais de destilados
Agora sei não agir no impulso, e viciar pessoas em mim
pra depois deixá-las na abstinência
você se surpreenderia se me visse
Talvez até se orgulhasse, já que faço tudo à sua moda
Mas perto de você eu me sinto tão nu
Como se enxergasse até além de minha pele
Como se visse minhas inseguranças, que não permito a ninguém tocar
Só preciso de um segundo, pra me vestir novamente
de aprendizagem pela dor e roupas caras
aí então eu viro as costas
E tudo não passou de um flash back em preto e branco

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Fria Fênix




Lembro-me vagamente de ter cantado que era livre
Que voo alto e gosto disso
Isso nunca foi surpresa pra você

Eu gosto do céu, criança.
a sensação de estar longe de tudo, e o vento frio
Só boas razões me trazem de volta à terra firme

Não sou preso por anéis
ou por consideração a sentimentos
ou por frases, ou por medo
Disse a mim mesmo que não me trancaria por alguém

Não sou causa ganha
Não sou causa fácil
Não sou como outros que você beija no escuro

O negócio é voar junto, e não tentar me possuir
É tão pequena a visão aqui de baixo
e tão sufocante esse meu peito caustrofóbico
Não iria durar muito tempo nossa caminhada pelos becos

Pare de tentar me dominar
Quanto mais tenta, menos vontade tenho de me render
menos vontade tenho de tentar te surpreender
Não se prende um guri de alma alada

Não se prende grandes aves indomadas
Foi-se o tempo em que eu gostava de gaiolas
voos livres têm um preço muito caro
que eu não pago pra afagar o ego alheio

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Abstract being


You have no home, you are in the air
or maybe it's my head flying instead
and there, above, I wonder the colour of your eyes
cuz it seems to be changing everytime

You have no name, or maybe I just forgot
or maybe I never said, or maybe I never will
because the time is a strange thing
when things are all about my ghost

You have no soul, you have no hot body
Or it's just my eyes, unable to see it burn
Or it's just my eyes, that see it more than real
tell me about your point of view

You have no voice, although I hear a breath
one diamond that you are calling me
behind this fucking mortal silence
I'll keep quiet and I shall listen

You have no face, I guess it's me who drew it
There in my mind you look so perfect
but I'm unable to trace your lips
I'm unuable to put you to exist