Quando foi que eu me tornei esse eu de hoje?
Quando foi que eu deixei tudo isso pra trás?
Eu ouço no escuro as mesmas músicas da década passada
E só imploro no meu íntimo que elas despertem emoções mais uma vez
Mas as notas vêm e com elas só uma nostalgia cinza
Uma saudade distante, de dias que eu mal me lembro direito
Onde estão todas aquelas pessoas? Como eram seus nomes mesmo?
Por que se tornaram tão desinteressantes?
Eu me sinto tão velho. Tão sem forças
Talvez eu ouça essas músicas atrás de um pouco de juventude, de vigor
Mas essas batidas estão tão gastas quanto eu. Não há mais arrepios com os graves
Talvez a culpa seja toda minha. Minha e da minha pressa.
Eu não sei por que eu me sinto sempre atrasado
Só sei que eu corri tanto que conquistei o mundo cedo demais.
E agora? O que resta a ser feito?
Não há mais desafios que me despertem o interesse
Porque eu estou velho demais pra começar tudo de novo
E novo demais pra estacionar
Eu só peço uma noite de festa que não pareça uma eternidade
Uma noite que amanheça em minutos e eu ainda esteja sorrindo de manhã
Uma noite que valha a dor no calcanhar
E que eu me divirta sem culpa
Eu achava que estava conquistando a liberdade
E gastei todo meu tempo com isso.
sexta-feira, 21 de julho de 2017
sábado, 21 de janeiro de 2017
Realidade
Por que você quis meu coração exposto?
Ali, cru, vulnerável, batendo animalescamente?
Quanto eu te mostrei, foi porque eu acreditei que havia um lugar seguro pra o deixar
Não foi pra você o ridicularizar
Eu confiei. Desconfiando, confiei
Porque achei que você jamais pudesse me machucar
Pensei que na fuga daquelas mesmas feridas de sempre
Você fosse um Porto Seguro
Por que você disse chorando que eu era uma alma sofrida?
Se não era pra dizer que você entendia
Eu nunca me despi assim na frente de ninguém
Porque eu sabia que seria quando olhos julgadores me invadiriam
Não que minhas perguntas façam algum sentido agora
Mas não espere ver minha alma tão de perto novamente
Porque você só demonstrou com essa sua postura
Que dói mais o golpe de quem a gente confia
E aqui estou eu: pelado e ferido
Sem lugar pra voltar, sem lugar pra ir
E não ache que você vai me ver assim novamente
Pois as únicas desculpas que eu devo são por te mostrar demais de mim.
Ali, cru, vulnerável, batendo animalescamente?
Quanto eu te mostrei, foi porque eu acreditei que havia um lugar seguro pra o deixar
Não foi pra você o ridicularizar
Eu confiei. Desconfiando, confiei
Porque achei que você jamais pudesse me machucar
Pensei que na fuga daquelas mesmas feridas de sempre
Você fosse um Porto Seguro
Por que você disse chorando que eu era uma alma sofrida?
Se não era pra dizer que você entendia
Eu nunca me despi assim na frente de ninguém
Porque eu sabia que seria quando olhos julgadores me invadiriam
Não que minhas perguntas façam algum sentido agora
Mas não espere ver minha alma tão de perto novamente
Porque você só demonstrou com essa sua postura
Que dói mais o golpe de quem a gente confia
E aqui estou eu: pelado e ferido
Sem lugar pra voltar, sem lugar pra ir
E não ache que você vai me ver assim novamente
Pois as únicas desculpas que eu devo são por te mostrar demais de mim.
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