sábado, 25 de setembro de 2010

Moving on.

Como você me vê?
Como um número no meio de estatísticas?
Como alguém que está tão longe que não tem vida própria?
Sabe, como quando você cansa de algo e simplesmente vira as costas e vai embora.

COmo você me vê?
COmo alguém que te reprime?
COmo alguém que parece etéreo demais pra você esperar?
Como um par de algemas?

Talvez eu permaneça pra sempre nessa tentativa de ser perfeito
E, sabendo ser impossível, continue quebrando a cara.
Como eu pude me prender tanto a você
Sabendo quão impossível seria qualquer futuro?

Talvez eu fosse apenas um consolo
o idiota no qual você dizia que confiava enquando não tinha nada melhor pra fazer
Não é isso?
CLaro que é. Você nem mesmo está mais aqui pra provar o contrário.

Aliás, eu nem soube pra onde você foi. Você simplesmente foi.
Num dia eu tive a notícia e no outro eu já era passado.

Antes tivesse eu agido como gente grande e parado de me iludir enquanto havia tempo.
Mas não. Eu realmente quis ir em frente.
Mesmo sabendo que era loucura. Sempre soube, meu Deus, sempre soube.
E ainda assim fui, e quebrei a cara.

Como você me vê?
Como alguém que te persegue?
Não se preocupe. Isso não há de acontecer daqui pra frente.
Eu só queria entender o porquê nossa linha tênue resolveu arrebentar.

Pra saber se a culpa foi minha, entende? Pra continuar tentando ser perfeito e melhorar.
Pra decifrar o exato momento em que aconteceu a ruptura do nosso futuro.
A cada dia tem menos importância, mas ainda tem. Então ainda é possível juntar meus cacos.
Só peço que não deixe muito pra depois, porque eu te aviso desde já: uma hora a importância acaba.

Se pra você ainda não acabou, aqui estou eu. Só não sei até quando.

Se acabou, acabou.

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