Dê-me algum alucinógeno
E talvez minha mente divague por caminhos menos sombrios
E talvez eu caminhe por trilhas certas
porque eu caminho para um abismo maldito
Onde o céu é cinza e as árvores, mortas.
Dê-me algo para pensar, algo pelo qual lutar.
Já que me despiram de esperanças.
Dê-me outra dose de emoção, estou viciado
Dê-me boa música e boa companhia
E a madrugada falará por nós.
Dê-me um par de braços quentes
de alguém que vire as coisas de cabeça para baixo
Dê-me seu humor tempestivo, e mãos macias
e atitudes imprevisíveis
E mais batimentos por minuto.
Ou leve as lembranças, de todos os amores enterrados
lembranças são frustrantes
Dê-me o vento no rosto outra vez.
E as gotas de chuva, as estrelas, e o mundo inteiro
Sinto falta do mundo real.
Dê-me novos ares, ou me permita voar nos antigos outra vez.
Dê-me satisfação no ócio, e as cores de volta.
O abismo é logo ali, e até cair parece emocionante.
Dê-me novos sonhos, novas realidades
Ou me prive, em definitivo, de toda essa consciência.
Um comentário:
Preciso dizer algo quando suas palavras são simplesmente belas?
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