segunda-feira, 2 de abril de 2012

Meus pulsos estão em carne viva.
Minha pele não é acostumada ao toque da corrente, de ferro frio e dilacerante
Meu espírito não é acostumado à prisão.
Pode me prender, eu me conheço.
Eu vou gritar em fúria, até não ter mais forças.
Por um tempo, eu vou ficar cabisbaixo, sem acreditar em mim mesmo.
Mas quando eu me erguer, ah sim, quando eu me erguer
Eu vou arrebentar essas correntes na força
E vou pra cima de você, com todo o ódio, com toda a gana.
Vou fazer você se arrepender por casa segundo que me fez prisioneiro, que me fez impotente.
Meus pulsos estão em carne viva, e sangram.
Minha pele está machucada, apodrecendo.
Mas meu coração pulsa como o de um leão jovem
e meu cérebro trabalha como o de uma raposa astuta.
Nunca prenda um animal selvagem.
Mais cedo ou mais tarde você abaixa a guarda.
E, quando vir, você verá o próprio sangue jorrando, em vingança.
E um uivado distante, solitário, fraco, mas vencedor.

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