E de repente estávamos todos lá.
Um punhado de amigos, outro de inimigos e uma horda de desconhecidos.
É estranho esse ambiente, não é?
A gente nunca sabe quem ta chorando de verdade e quem quer aparecer...
Alias... numa hora dessas a gente sabe tão pouca coisa...
Eu mesmo nunca sei o que dizer, onde devo por meus braços, para onde tenho que olhar
Então eu simplesmente abaixo a cabeça e deixo com que os outros se preocupem com isso...
Eu tenho meus próprios tormentos pra me torturar...
Principalmente eu, que poderia ter feito parte de qualquer dos grupos: amigo, inimigo ou desconhecido...
E acho que me sacramentei no pior deles...
Não que eu tenha dito algo, mas pensamentos e atitudes falam mais do que as próprias palavras.
É como eu disse, a gente sabe tão pouco numa hora dessas...
E hoje de manha eu concordei com Clarice Lispector...
Todo mundo tem uma hora da estrela, a hora que a gente finalmente é protagonista da própria vida...
Pena que não há mais vida...
E a gente sempre para pra pensa no porquê de viver...
Simples... pra fazer parte de um dos três grupos pra alguém, e tentar ao máximo fazem com que eles façam parte do de “amigos”... pra na sua “hora da estrela”... o espetáculo ser o mais belo possível...
Mas esse já passou... e eu estava no grupo errado...
Mas a gente sabe tão pouco nessa hora...
O lado bom (se é que há) é que eu aprendi uma coisa
Eu não sou NINGUEM pra julgar o que as pessoas merecem...
Coincidência ou não, as coisas acontecem...
E dessa vez foi comigo.
Não tão próximo, graças a Deus,
Mas laços são laços, e mesmo estando no grupo errado, eu não estava no dos desconhecidos...
Só espero que, onde quer que esteja, me perdoe por aquele pensamento...
Descanse em Paz.
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