quarta-feira, 5 de junho de 2013

Loucura

Não é que eu goste de você, é que eu não gosto de perder.
Não gosto de perceber que fui atrás e não consegui o que eu queria.
Por dois motivos: me sinto ridículo por ter feito isso e o odeio ser tratado com  indiferença.
Não é que eu goste de você, é que eu queria que gostasse de mim, por capricho.

Mas não importa. Eu já planejei a despedida perfeita.
Quando você, enfim, sentir minha falta, eu vou dizer que sempre estive ali.
Que só eu sei meu próprio valor. E só você sabe quantos corações ainda pode descartar.
E que não temos mais motivos para termos aquela conversa.

O que é uma verdade. Se fosse hoje, eu estaria, ainda, de braços abertos.
Se eu não estiver mais de braços abertos, é porque nenhuma conversa mudaria minha opinião.
Já seríamos esses estranhos que estamos nos tornando.
Não importa o que teria te levado a me procurar mais uma vez.

Eu perdoo. Mas só uma vez.
Quem erra sabendo que está errando é porque não se importa com as consequências.
Ou com quem vai se ferir com elas.
E nós já havíamos gastado o nosso erro permitido.

Eu já assisti esse filme, mais de uma vez.
E eu não gosto do final. Por isso estou abreviando. Por isso estou acelerando
Vamos pular logo esse fim, pra mim já deu.
Você não parece querer segurar na minha mão e inventar um fim alternativo. Um fim onde não haja fim.

Mas é claro, não estou dentro de sua mente.
Não sei se seguiria meu roteiro.
Por isso, metade do que eu disse é irrelevante.
E a outra metade eu faço força pra acreditar que é verdade.


Nenhum comentário: